A equipe de dança da Arizona State University (ASU) voltará a disputar o Universal Dance Association College National Championships (UDA) depois de seis anos de ausência. A competição está marcada para 16 a 18 de janeiro de 2026, no Walt Disney World Resort, em Orlando (Flórida).
A última participação dos Sun Devils no UDA foi em 2020, quando alcançaram o terceiro lugar na categoria jazz e o quarto no pom, ambos na divisão 1A. Com a pandemia, o grupo fez uma pausa em competições e, entre 2022 e 2025, migrou para o The College Classic (TCC), evento realizado em abril e organizado pela Dance Team Union.
Por que a equipe deixou o UDA
Segundo a coordenadora do Spirit Squad e técnica da equipe, Bianca Caryl, a decisão de deixar o UDA partiu da universidade após a retomada das atividades presenciais. Janeiro, mês em que ocorre o campeonato, coincide com uma intensa agenda de jogos e eventos no campus, o que motivou a procura por um torneio em período menos sobrecarregado.
Caryl, que mantém contato com os fundadores da Dance Team Union por meio da National Dance Coaches Association, relata que o TCC chamou atenção pelas regras musicais e pela valorização de especialidades de gênero, especialmente na modalidade pom. “Pom precisa realmente parecer pom”, explicou.
Motivos para o retorno
Nos últimos anos, o prestígio crescente do UDA transformou a cultura das equipes universitárias de dança. Embora a expectativa fosse de ver mais times da divisão 1A no TCC, o movimento não ocorreu na escala esperada, gerando o “FOMO” (fear of missing out) citado pela treinadora.
Além disso, uma nova gestão no departamento atlético da ASU passou a enxergar o grupo como parte essencial do programa esportivo, favorecendo conversas que resultaram na volta ao UDA. As tratativas começaram oficialmente na primavera passada.
Imagem: Ap
Modalidades e preparação
No próximo campeonato, a ASU competirá em jazz e substituirá o pom pelo hip hop. A mudança foi possível graças a um recrutamento mais robusto, apoiado em combines e eventos específicos, que ampliou o número de dançarinos tecnicamente avançados e habilidosos no estilo urbano.
Durante o verão, o elenco recebeu treinamento intensivo em fundamentos do estilo de Chicago com a coreógrafa Toya Renee Ambrose, diretora do Chicago Bulls 312 Crew e ex-coreógrafa da ASU nos anos 2000. O objetivo foi aprofundar o conhecimento antes do primeiro UDA desde 2020.
Caryl lembra que a equipe não enfrentava uma competição no auge da temporada esportiva há cinco anos. “Não haverá recesso de inverno”, avisou aos atletas. Apesar da rotina mais dura, ela garante que todos aceitaram o desafio e mantêm o foco em chegar às finais, sem pressão explícita por medalhas. “Queremos mostrar quem somos e o que sabemos fazer”, resumiu.
Para a treinadora, o retorno também reafirma a relevância da equipe no cenário nacional. “Estar de volta ao UDA traz visibilidade e validação. Continuaremos a ser a ASU: coreografias diferentes, ousadas e cheias de personalidade”, concluiu.
Com informações de Dancespirit
