A Royal Academy of Dance (RAD) anunciou os resultados do The Margot Fonteyn International Ballet Competition 2025 e registrou um feito inédito: todas as medalhas ficaram com bailarinas brasileiras. A disputa foi realizada pela primeira vez no Brasil, entre 11 e 19 de outubro, reunindo 35 jovens de mais de dez países na capital paulista.
Medalhistas brasileiros
Medalha de Ouro – Freed of London Award: Samantha Maestre Cortez, 18 anos, Praia Grande (SP). Aluna de Aracy de Almeida Bononi e estudante do Lapidari Núcleo de Artes, Samantha também recebeu o Prêmio de Musicalidade nas semifinais.
Medalha de Prata: Valentina Toscani, 18 anos, Curitiba (PR). Orientada por Simone Malta, Dora de Paula Soares, Maria Eugênia e Ana Caroline Pitanga, é integrante da Cia Jovem Basileu França / English National Ballet School.
Medalha de Bronze:
- Yasmin Oliveira Lopes dos Santos, 16 anos, São Paulo (SP), aluna de Simone Malta, Cristina Laura, Ingrid Chafick e Ana Carolina Pitanga, da Cia Jovem Basileu França.
- Rafaella Pinheiro Marion, 15 anos, Campinas (SP), orientada por Liliana Testa no Iris Ativa – Lina Penteado. Rafaella levou ainda o Prêmio do Público.
O Prêmio de Coreografia Dancer’s Own ficou com Lárah Rachel Rodrigues pelo solo autoral apresentado nas semifinais.
Etapas e repertório
A fase final exigiu três apresentações: uma variação clássica de repertório, o solo Dancer’s Own e uma nova variação criada para a edição. A coreógrafa brasileira e primeira-bailarina do Royal Ballet, Mayara Magri, estreou como criadora ao assinar “Samba Alone” e “Frivolity”, com trilhas do compositor André Mehmari, mesclando técnica clássica com ritmo brasileiro.
Durante a semana de imersão, os candidatos participaram de aulas e mentorias com Alexander Campbell (diretor artístico da RAD), Daniela Severian e Lars Van Cauwenbergh. As semifinais foram avaliadas por Paloma Herrera e Julio Bocca; na final, juntaram-se ao júri Ana Botafogo e a própria Mayara Magri. Todas as exibições tiveram acompanhamento de piano ao vivo com Silvina Rocco, Joaquin Panisse e Maria Inês Vasconcellos.
Imagem: Da esquerda para a direita: Samantha, Valentina, Yasmin e Rafaella com os jurados
Apresentações convidadas
O público presente ao teatro também assistiu a dois números especiais: o pas de deux “Melodia Sentimental da Floresta Amazônica”, interpretado por Gabriela Sisto e Fernando Mendonça (Dalal Achcar Ballet Company), ao som de Heitor Villa-Lobos; e o Pas de Deux do Cisne Branco, do Ato II de “O Lago dos Cisnes”, com Carolina Pegurelli e Yoshi Suzuki (São Paulo Companhia de Dança), remontagem de Mario Galizzi sob direção de Inês Bogéa.
Depoimentos
“Parabenizo todos os medalhistas e candidatos do The Fonteyn 2025. Foi inspirador acompanhar o desenvolvimento dos bailarinos e a alegria que a dança proporciona”, declarou Alexander Campbell, diretor artístico da RAD.
“Trazer o The Fonteyn a São Paulo, nossa estreia na América Latina, foi maravilhoso. Parabéns aos participantes por evidenciarem a excelência que está no coração da Royal Academy of Dance”, afirmou a diretora executiva Elizabeth Honer.
Sobre a competição e a RAD
Instituído em 1931, o The Fonteyn é o principal concurso da RAD e já revelou artistas que hoje dançam em companhias internacionais de destaque. Além da disputa, o programa oferece bolsas e oportunidades em escolas de renome.
Fundada em Londres, a Royal Academy of Dance está presente em mais de 85 países e atende cerca de 250 mil estudantes por meio do método RAD, sustentando o lema “Todos os corpos podem dançar” e incentivando a diversidade na arte do balé.
Com informações de Clickondance