Tap dancer australiano Thomas Egan destaca projeto que celebra as raízes do sapateado

O sapateado voltou a ocupar o centro dos palcos no Festival Fringe de Edimburgo, na Escócia, graças ao trabalho do australiano Thomas “Tommy” Egan. Reconhecido como bailarino, coreógrafo e criador, Egan acaba de desembarcar em seu país de origem depois de apresentar o espetáculo Two Right Feet, montado que combina um conjunto de jazz ao vivo e a presença do próprio artista em cena.

Na produção, o público acompanha um diálogo constante entre música e movimento. Enquanto a banda interpreta temas que remetem aos primórdios do jazz, Egan utiliza o sapateado para sublinhar a percussão – recurso que, segundo ele, reforça o caráter histórico do gênero e a “troca íntima” entre dançarino e instrumentistas. Essa abordagem, explica o artista, nasceu de The Tap Project, iniciativa que idealizou para homenagear a tradição do sapateado e mantê-la em evidência.

A passagem pelo Fringe marcou a estreia internacional de Two Right Feet. O festival, conhecido por revelar produções independentes de teatro, dança e música, serviu de vitrine para o trabalho que Egan desenvolve há anos na Austrália. “Há algo hipnotizante nos pés de um dançarino – especialmente nos de um sapateador”, afirma o criador, ressaltando que o objetivo principal de seu projeto é lembrar ao público como o ritmo do sapateado dialoga com a pulsação das bandas de jazz.

O formato enxuto do espetáculo destaca cada batida das chapas metálicas nos sapatos, recurso sonoro que se soma aos instrumentos de sopro, baixo e bateria executados ao vivo. Para Egan, a convivência entre música e dança no mesmo espaço de cena potencializa a experiência: o público não apenas assiste, mas também sente a cadência que se forma a cada sequência de passos.

Apesar de ainda não ter revelado datas para novas apresentações, o artista pretende levar Two Right Feet a outras cidades australianas. Ele adianta que futuras sessões servirão como laboratório para expandir The Tap Project, iniciativa que deve englobar oficinas, bate-papos com músicos e ações para aproximar diferentes gerações de sapateadores.

Imagem: Thomas Egan. Photo by Jane Zhang

Com o retorno de Egan ao país, a expectativa é de que o sapateado ganhe espaço renovado nas agendas culturais de 2026. Para o criador, reforçar as origens do gênero e mantê-lo vivo diante do público contemporâneo são tarefas que andam lado a lado — assim como, no palco, caminham a melodia dos instrumentos e o som preciso dos pés.

Com informações de Dancemagazine.com.au

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